terça-feira, 11 de junho de 2013

SAUDOSISMO

não se vê mais as mãos entrelaçadas
os papos na calçada
os risos abafados na praça...

nem as contas infindas dos pés enfiados na areia da praia
dos mergulhos fora de hora
das torcidas pelas chuvas momentâneas para um banho inocente!

não se vê mais a cumplicidade nas meias verdades
nas brincadeiras, besteiras
nos instantes de dor...

não se nota mais dois corpos deitados no velho trapiche
nem os cabelos ao vento
as flores não foram mais colhidas, nem admiradas!

tudo se foi...
restam olhos distantes que não sorriem
e este silêncio que apavora!

até o nascer do sol
parece que hoje nasceu em algum outro canto
só ficou mesmo a saudade por companhia
e esta,
teima em ficar!
(Alde Maller - mai/2009)

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