domingo, 15 de setembro de 2013

É PRECIOSO! A SOCIEDADE DO ANEL

             
  Mesmo que você não tenha lido a saga O senhor dos anéis, do grande e espetacular escritor J.R.R. Tolkien, terá um vislumbre da magnitude de sua obra ao assistir a um das histórias adaptadas para o cinema. O diretor Peter Jack consegue um resultado espetacular nessa adaptação. A forma como ele nos instiga a continuar a assistir a trilogia, uma após a outra - alguns mais loucos, as três em um dia só - é de modo notável. A trama, o cenário, a narrativa, os personagens fantásticos, os mundos inimagináveis sendo recriados, prendem-nos do começo ao fim, com sabor de quero mais - alguns com a sensação que precisam de mais umas 'dez trilogias'.
                Foi assim, no primeiro filme da série,  A sociedade do anel,  que ele nos apresenta os personagens, o surgimento do anel e o tom da série, passada na Terra-média. Gandalf (Ian McKellen) vai ao Condado dos hobbits para a festa de despedida de Bilbo (Ian Holm). Este tem um sobrinho, Frodo Bolseiro (Elijah Wood), amigo de Sam (Sean Astin). Gandalf acaba descobrindo que seu amigo carrega o anel do poder, ou seja, aquele que o possuir estará dominado pelas trevas e o desejo de poder. Ele pede que Frodo saia em jornada, com Sam – os quais, pelo caminho, encontram Pippin (Billy Boyd) e Merry (Dominic Monaghan) –, levando junto o anel, em direção ao vilarejo soturno de Bri, onde eles se encontram com Aragorn (Viggo Mortensen), que os ajuda a fugir de cavaleiros assustadores, em meio às árvores do Condado. Frodo entende, aos poucos, que sua missão não é tão simples quanto se imagina. Depois de um novo enfrentamento e serem salvos pela elfa Arwen (Liv Tyler), os hobbits vão para Valfenda, onde a sociedade do anel do subtítulo se reúne por meio da figura de Elrond (Hugo Weaving). Nela, há um elfo, Legolas (Orlando Bloom), um anão, Gimli (Rhyam-Davies), e Boromir (Sean Bean), que se integram à “sociedade do anel”, e o filme intensifica o poderio das imagens – constituindo o elo entre os três filmes. Eles precisam ajudar Frodo a chegar à Montanha da Perdição, em Mordor, onde o anel deverá ser destruído, em meio a provocações entre o anão e o elfo e o desequilíbrio de Boromir. Ao mesmo tempo, Gandalf precisa enfrentar Saruman (Cristopher Lee), que tem planos de seguir o Olho de Mordor, o qual deseja recuperar o anel. Saruman (Cristopher Lee) aprisiona Gandolf em Isengard, a princípio – depois de uma cena de embate em que os cajados representam a força de cada um –, mas logo é enfrentado.
                Neste primeiro filme, além da apresentação dos personagens, há detalhes surpreendentes, sobretudo quando eles chegam às Minas de Moriá. Deparando-se com um monstro submarinho com tentáculos, o grupo foge para dentro dessa caverna, sem saber que nela os espera algo pior e aterrorizador. Peter Jackson consegue emprestar a sequências magníficas um tom, ao mesmo tempo, de pesadelo e fantasia, sem nunca cair num excesso; pelo contrário, a cada desmoronamento de uma montanha ou a abertura de um chão repleto de escadarias, apesar de sua grandiosidade, é dado um aspecto fabular inesquecível e modificador também para a narrativa. É perfeito!
Além dos cenários e figurino perfeitos, o que mais se destaca é a trilha sonora. Não apenas as músicas que remetem ao clima da Terra-média e ajudam a criar o ambiente de tensão e batalhas, mas os sons criados para as aparições dos Cavaleiros Negros e, o que mais chamou a atenção, a forma como é mostrada a visão de Frodo quando ele usa o Um Anel.
                Muitos começam a assistir ao filme e desistem no meio da empreitada. Dizem ser muito extenso o filme, com duração muito longa. Mas garanto a você, permita-se enredar pela história. Deixe os personagens te contar a história do Um Anel. Permita-se ser levado à Terra-média e viva uma das maiores fantasias que só um gênio como Tolkien poderia criar.
                Depois disso, verás que será difícil suportar a espera do próximo filme que Peter nos trará. Essa espera sim, é angustiante!

(Aldenir Maller)