Foi
assim, no primeiro filme da série, A sociedade do anel, que ele nos apresenta os personagens, o
surgimento do anel e o tom da série, passada na Terra-média. Gandalf (Ian
McKellen) vai ao Condado dos hobbits para a festa de despedida de Bilbo (Ian
Holm). Este tem um sobrinho, Frodo Bolseiro (Elijah Wood), amigo de Sam (Sean
Astin). Gandalf acaba descobrindo que seu amigo carrega o anel do poder, ou
seja, aquele que o possuir estará dominado pelas trevas e o desejo de poder.
Ele pede que Frodo saia em jornada, com Sam – os quais, pelo caminho, encontram
Pippin (Billy Boyd) e Merry (Dominic Monaghan) –, levando junto o anel, em
direção ao vilarejo soturno de Bri, onde eles se encontram com Aragorn (Viggo
Mortensen), que os ajuda a fugir de cavaleiros assustadores, em meio às árvores
do Condado. Frodo entende, aos poucos, que sua missão não é tão simples quanto
se imagina. Depois de um novo enfrentamento e serem salvos pela elfa Arwen (Liv
Tyler), os hobbits vão para Valfenda, onde a sociedade do anel do subtítulo se
reúne por meio da figura de Elrond (Hugo Weaving). Nela, há um elfo, Legolas
(Orlando Bloom), um anão, Gimli (Rhyam-Davies), e Boromir (Sean Bean), que se
integram à “sociedade do anel”, e o filme intensifica o poderio das imagens –
constituindo o elo entre os três filmes. Eles precisam ajudar Frodo a chegar à
Montanha da Perdição, em Mordor, onde o anel deverá ser destruído, em meio a
provocações entre o anão e o elfo e o desequilíbrio de Boromir. Ao mesmo tempo,
Gandalf precisa enfrentar Saruman (Cristopher Lee), que tem planos de seguir o
Olho de Mordor, o qual deseja recuperar o anel. Saruman (Cristopher Lee)
aprisiona Gandolf em Isengard, a princípio – depois de uma cena de embate em
que os cajados representam a força de cada um –, mas logo é enfrentado.
Neste
primeiro filme, além da apresentação dos personagens, há detalhes
surpreendentes, sobretudo quando eles chegam às Minas de Moriá. Deparando-se
com um monstro submarinho com tentáculos, o grupo foge para dentro dessa
caverna, sem saber que nela os espera algo pior e aterrorizador. Peter Jackson
consegue emprestar a sequências magníficas um tom, ao mesmo tempo, de pesadelo
e fantasia, sem nunca cair num excesso; pelo contrário, a cada desmoronamento
de uma montanha ou a abertura de um chão repleto de escadarias, apesar de sua
grandiosidade, é dado um aspecto fabular inesquecível e modificador também para
a narrativa. É perfeito!
Além dos cenários e figurino perfeitos, o que mais se destaca é a trilha
sonora. Não apenas as músicas que remetem ao clima da Terra-média e ajudam a
criar o ambiente de tensão e batalhas, mas os sons criados para as aparições
dos Cavaleiros Negros e, o que mais chamou a atenção, a forma como é mostrada a
visão de Frodo quando ele usa o Um Anel.
Muitos começam a
assistir ao filme e desistem no meio da empreitada. Dizem ser muito extenso o
filme, com duração muito longa. Mas garanto a você, permita-se enredar pela
história. Deixe os personagens te contar a história do Um Anel. Permita-se ser
levado à Terra-média e viva uma das maiores fantasias que só um gênio como
Tolkien poderia criar.
Depois disso, verás
que será difícil suportar a espera do próximo filme que Peter nos trará. Essa
espera sim, é angustiante!
(Aldenir Maller)
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