sábado, 3 de agosto de 2013

NEM SEMPRE O PRIMEIRO É O N.º 1

"Quem sabe amanhã todos usemos 42, para que ninguém mais consiga nos diferenciar". QUARENTA E DOIS!  Este foi o número que consagrou Jackie Robinson. Aliás este número, não é mais utilizado nos jogos de beisebol. Ele foi 'aposentado' por mérito! Somente Jackie Robinson era digno desse número! 

Não! Não sou fã de beisebol. Nem mesmo reconheço as regras ou funcionamento desse jogo tão amado pelos americanos. Mas, ao assistir ao filme  42 - A História de uma lenda, bati palmas dentro do meu coração. Parecia que eu era uma dessas fãs inveteradas dos Dodgers. O filme foi baseado na história do primeiro negro a jogar na liga norte-americana de beisebol no ano de 1946, época em que muitos estados e cidades estadudinenses - e do mundo - ainda eram muito conservadoras e cheias de racismo. A segregação vinha sendo combatida, mas ainda era muito forte em várias partes do país. Robinson ama beisebol e vê-se na necessidade de lutar contra o preconceito. Branch Rickey, interpretado por Harisson Ford, enfrenta e trava muitas batalhas para colocar Jack na liga de beisebol. Juntos, Jack e Rickey ficaram na linha de fogo da imprensa, dos jogadores, dos empresários, dos moradores e do público em geral. Robinson, que tinha um temperamento mais explosivo, teve que garantir a vitória não só na demonstração de competência no esporte, mas também no autocontrole, para não reagir quando xingado, ameaçado e tratado com injustiça. O talento do jogador e a forma como ele se comporta em campo acaba conquistando a sociedade e de alguma forma abrindo portas para outros jogadores negros que tinham habilidade no esporte, mas não podiam competir com igualdade por causa do racismo. 


A frase com a qual iniciei este post, foi dita por um dos companheiros de time, após presenciar a barbaridade com que outros jogadores e o público se dirigiam a Robinson. Ele abraça Jackie, que usava o n.º 42 do Dodgers e declara de forma emocionada que aprendera a não ver diferença entre ambos.


Olhando a história de Jackie, percebi que toda a honraria que ele recebe no decorrer de sua carreira foi mais que merecida. Ele ganhou vários prêmios durante a carreira, até se aposentar. O que me chamou a atenção, além da história do 'aposento' do n.º 42, foi os detalhes de seu enterro e funeral, ocorrido em outubro de 1972. Ele falece aos 53 anos, com complicações cardíacas por causa de diabetes. Muitos companheiros e ex-companheiros de beisebol carregaram seu caixão.


Uma história emocionante, embora já retratada em vários outros filmes bem a gosto norte-americanos. Vale a pena passar os 128 minutos torcendo pelo jovem jogador e ainda depois investir mais um tempo investigando sobre a vida deste no google. 


(Alde Maller ago/2013)


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