quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SAUDADE

De vez em quando eu não consigo e traio meus desafios...

peguei-me pensando em ti ...
E inutilmente minha voz se cala, meu corpo estremece
Enquanto meu coração bate desesperadamente...
Invariavelmente uma lágrima desce e se atira sob minha face
E meus olhos se perdem na escuridão do meu quarto...

Menti a mim mesma que de vez em quando não te sinto...
Que teus sonhos estão comigo,
As palavras que dissemos juntos, os mesmos pensamentos
Tua voz acariciando meu eu...

Iludo-me de vez em quando em não querer te encontrar...
Passo por ruas que provavelmente você passaria
Faço caminhos que certamente você faz
E me perco em meus passos,
Na ansia louca de que a qualquer momento
Teus olhos se deparem com os meus...

Fujo assustada, covarde
Não saberia encará-lo... nunca!
Parece que tudo está distante do meu sentimento
Que tenho controle
Mas ao pensar no distanciamento que impus
Minha alma se fecha, lamenta, pragueja
E adormeço quase sempre tentando esquecer as últimas palavras
"Meu amor"...

No meu quarto, nos meus sonhos sempre te pressinto ...
Tão perto e tão longe...
Tão perto que nem posso te alcançar,
Tão longe que não consigo te esquecer...

Ah! e de vez em quando, quando não aguento mais, choro ...
Por não conseguir conter a dor,
Por não poder ter o que já era meu...
Por negar nosso amar, nosso amor...


E quanto mais te mantenho longe
 Mais percebo que te tenho junto a mim...
Cada música, cada expressão
cada palavrão, cada gesto
Times, cores, bebidas, carro
Se chama Saudade...


(Alde)

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