segunda-feira, 13 de setembro de 2010

RUMO


"Balança-me a alma no vazio do meu corpo..."

Foi estranho. Mas foi bom. Ela se via triste. Ele também estava triste. Mas não deixou de ser bom ver que ele não desistiu deles. E depois... depois foi bom!

Ele gostava de entrelaçar os dedos nos dela... quase como uma promessa de eternidade. Ela gostava de se esconder no seu peito, como uma criança desprotegida do mundo... Depois ele a envolvia e ela perdia-se ainda mais... perdia a noção do tempo.

Ela ficava lembrando todas as vezes em que sentava-se no colo dele e quando ele pegava as mãos dela devagarinho e as levava à boca, como se fosse uma princesa... Ela, curiosa, olhava horas a fio os dedos dele entrelaçados a cobrir a sua mão tão pequena.

Os olhos dele permaneciam tristes como se quisessem pedir algo que ainda ela não poderiaNegrito lhe dar. Ela sorria e pedia: "-Não me deixe ir..."

Ele dizia: Não sei se cabe a mim escolher o que está tão explícito e tão claro. Às vezes penso em deixá-la escapar pelas minhas mãos só por medo de segurá-la..."

Ela não disse, mas
essa foi uma das raras vezes em que ela não olhava o mar...
(Alde)

3 comentários:

Vivian Mont'Alverne disse...

Gostei! Hihi... Estou te seguindo! :)

Vitor Venâncio disse...

Bonitos textos! Belo blog =D

Anônimo disse...

Muito romântico e sensível o seu texto.
Parabéns!